Em busca desse tal equilíbrio

Equilíbrio. Essa é a palavra que todos nós buscamos na vida, não é? Sabemos que não é saudável fazer dietas absurdamente restritivas sem nunca, nunquinha, abrir uma janela de exceção. Do mesmo modo que sabemos como não adianta comer hambúrguer e batata frita todos os dias. Não traz paz ir pra academia todos os dias, como não adianta ficam afundado no sofá. Não saímos do lugar se tudo que importa é como nosso corpo está no espelho, mas a resposta não está em nunca olhar para si. Isso é óbvio para todos, mas mesmo assim seguimos na busca desse tal equilíbrio, que conhecemos em teoria, mas escapa ao nosso dia a dia.

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Transtorno Alimentar Se Tornou Normal

Quando começamos a tocar no assunto de transtornos alimentares passamos a descobrir que ele estava já a nossa volta. Com a amiga, a colega de trabalho, a prima. E esses são os casos das pessoas que ou foram diagnosticadas, ou que conseguiram olhar para si mesmas e enxergar seus atos. Mas há muitas pessoas em pleno transtorno que não apenas passam sem alarme de si mesmo, e dos outros, porque normalizamos os excessos e as restrições.

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5 motivos porque cozinhar vai melhorar sua relação com a comida

Tem muitas dicas, pitacos, conselhos, orientações e diretrizes que um amigo ou profissional que trabalha com alimentação (e todo o universo em torno) pode dar para quem quer mais saúde tanto física, quanto emocional. Mas se eu tivesse que escolher só uma, eu diria: vá para cozinha. E tem muitos motivos pra isso.

Cozinhar é uma terapia
Eu sei que para quem não tem o costume de cozinhar (e eu já fui uma dessas pessoas) a tarefa pode parecer castigo. Sim, precisa reservar um tempo — não tanto quanto a maioria das pessoas pensam —, mas de fato, o tempo que você passar no fogão é o tempo que você não vai passar no Netflix. Quando você perde o medo de colocar o avental, porém, percebe que cozinhar, por si só é uma grande terapia. Fatiar, descascar, refogar, checar o fogão… são ações que com o passar do tempo tornam-se quase que meditativas, e a cozinha vira um refúgio de paz.

Principalmente para ansiosos
Cozinhar é bom para todo mundo, mas para quem é ansioso, é melhor ainda! Isso porque o principal ingrediente da cozinha é o tempo. Sim, vai ser difícil. Você querer pular etapas, tirar as coisas do forno antes do tempo, vai ficar talvez roendo as unhas, mas vai aprender a lidar com isso e, quem sabe, mais do que desenvolver um pouco de paciência, vai aprender melhor a lidar com essa coisa angustiante que é a passagem do tempo.

Cozinha dá humildade e confiança ao mesmo tempo
Cozinhar não é o bicho de sete cabeças que os programas de culinária fazem parecer. Antes de ser o trabalho de chefe estrelados, cozinhar é uma atitude quotidiana, e isso quer dizer que muita receita é simples (e que muita coisa nem precisa de receita). O mais importante nisso tudo é, na verdade, a intimidade com a cozinha. A técnica não se desenvolve no MasterChef, mas sim picando cebola. Vendo que um tempero não casou com aquele prato, ou que um vegetal combinou com o outro. É um jogo de acerto e erro que faz a gente perceber que por trás de qualquer prato bom, tem muito prato que deu errado, mas que não precisa ser um gênio das panelas para fazer algo gostoso para si mesmo.

Você sabe o que tem na sua comida, sem nóias.
Coma isso, não coma aquilo. Hoje em dia a nutrição tem muitas regras, algumas bem válidas, outras nem tanto, mas o resultado de todo esse debate não parece ser esclarecimento, e sim confusão. Quando se cozinha, tudo fica mais simples. Mesmo que não se coma uma dieta exemplar do ponto de vista biológico, na cozinha de nenhuma casa se tem aditivos impronunciáveis. Vai colocar açúcar na sobremesa? Com certeza é menos açúcar do que tem naquela sobremesa pronta. É algo que no fim facilita a vida.

É um carinho — para você e para os outros
Comida é sim uma forma de carinho. Não pode ser a única e não pode ser incessante, mas tem coisa melhor do que sentar à mesa e comer algo delicioso feito por alguém que pensou em você? Tem gesto mais bonito do que dedicar seu tempo para alimentar alguém?

Quer começar a melhorar sua relação com a comida? Vá para cozinha!

 

O inferno são (as opiniões d)os outros

Uma queixa que sempre escuto em consultório é “as pessoas não entendem”. Seja no caso de uma pessoa que começou a buscar a perda do excesso de peso, ou de uma pessoa que parou de buscar um corpo “seco” e aceitou ganhar algumas curvas a mais, sempre que há uma mudança de hábito com propósito, há pessoas ao redor que não entendem.

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Movimentar o corpo: um prazer, não uma punição

Hoje em dia a imagem de vida fitness das mídias sociais, principalmente o instagram, é acordar às 5 da manhã e suar a camisa na academia. Um hábito que por si só não tem nada de ruim, mas muitas pessoas associam cada gota de suor, com cada centímetro modificado no corpo, de tal forma que chegam a usa o exercício como forma compensatória e até punitiva. Comi algo fora da dieta? Vou pra academia. Odeio meu corpo? Vou malhar até mudar isso.
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Comer é um ato social – e devemos celebrar!

Novamente é preciso dizer, passamos por momentos em que tudo é 8 ou 80. Algo que eu sempre dizia e agora comecei a reformular porque as pessoas levavam para o extremo é: aprendermos a não tratar comida como recompensa. Se usamos a comida como a única resposta a todas as emoções e marcos da vida, criamos um comportamento de vício. Mas isso, em nenhum momento quer dizer, que a comida não deve estar presente nas nossas celebrações.

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A dieta e busca do saudável

Comecei o #VcTemFomeDeQue justamente após muitas dietas e atitudes nem um pouco saudável para baixar meu próprio peso, eu decidi mudar o foco das minhas ações, e ao invés de pensar em perda de peso, pensar em ganho de saúde. Passei a conhecer melhor alimentos naturais, descobrir como de fato eles tem um gosto melhor, além de seu processo produtivo. Me apaixonei por comida de verdade!

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To The Bone: O Mínimo Para Viver

Nesta última sexta feira (14), estreou o filme do Netflix To The Bone (O Mínimo Para Viver) que aborda a questão de distúrbios alimentares, com foco na anorexia. Muito antes, porém, da estréia, o filme já estava dando o que falar — tanto entre aqueles que adoraram o fato de uma grande mídia debater uma questão tão importante, quanto aqueles que entendem que tamanha exposição pode glamourizar ainda mais os distúrbios alimentares e a cultura da magreza. Ambas perspectivas são relevantes e, ainda que para mim o saldo do filme foi positivo, a meu ver, ambas estão corretas.

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