Distúrbio alimentar sempre existiu, mas não há como negar que no último século os casos não só aumentaram, mas como tornaram-se mais evidentes. Uma da grandes hipóteses é a influência da exposição exagerada e do culto ao corpo que é vigente na nossa sociedade. Se com a televisão e a publicidade isso já era grande, com a internet e mídias sociais a exposição tornou-se exponencial.
Antigamente os atores de grande filmes eras como semi-deuses, eles eram vistos e mostrados como se fossem perfeitos. A atriz Rita Hayworth uma vez disse: “eles dormem com Gilda, mas acordam comigo” (fazendo alusão a sua sensual personagem das telonas). A obrigação de ser um semi-deus, no entanto ficava entre atores e atrizes famosas. Hoje, na temos Gildas na palma da nossa mão a todo momento, e elas não vivem no Olimpo de Hollywood. Aparentemente são pessoas normais.
Mas nós já sabemos, o que o instagram mostra e a realidade são duas coisas bem diferentes. Sabemos que muitos dos “semi-deuses” do instagram gostariam de ter a vida e a persona que eles mostram no instagram, do mesmo modo que os relacionamentos de Rita Hayworth esperavam que ela fosse Gilda.
Essa frequente exposição distorce nossa realidade. Passamos a achar que todos nós devemos lutar por esse grau de perfeição que sabemos não existir. A cada vez que abrimos a tela, um lembrete de nossas imperfeições.
Difícil, né? Não podemos mudar os outros e as exigências dos outros sobre nós, mas podemos mudar nossas ações. Sim, o principal mercado do instagram hoje é a vida perfeita, mas podemos não seguir esses perfis. Podemos nos cercar de outros inputs, de perfis com uma mensagem mais positiva, mas também de outros interesses. Usar o instagram para ver fotografia, cinema, decoração, turismo, e deixar a exigência da perfeição para quem quiser acreditar nessa ilusão.
Se o mundo não te ajuda. Você pode se ajudar.