Hoje em dia a imagem de vida fitness das mídias sociais, principalmente o instagram, é acordar às 5 da manhã e suar a camisa na academia. Um hábito que por si só não tem nada de ruim, mas muitas pessoas associam cada gota de suor, com cada centímetro modificado no corpo, de tal forma que chegam a usa o exercício como forma compensatória e até punitiva. Comi algo fora da dieta? Vou pra academia. Odeio meu corpo? Vou malhar até mudar isso.
Sim, exercício é algo essencial para nossa saúde, e além melhorar e prolongar nossa vida, tem consequências estéticas que são bem vindas. Mas, enquanto o exercício pode tornear sua perna, com esse mindset, não há agachamento nesse mundo que vai mudar a relação que temos com a comida e com o nosso corpo. Uma pessoa que vai à academia simplesmente para queimar as calorias que comeu, pode sim ficar sarada, mas nunca vai ter paz em comer. Assim como uma pessoa que vai à academia só porque odeia seu corpo, pode até chegar ao corpo dos seus sonhos, mas nunca vai se amar.
A lógica precisa ser invertida. Veja uma criança na escola: ela mal consegue esperar a hora do recreio para sair correndo e brincar. Movimento, além de trazer saúde, é uma fonte de prazer. Ao longo da vida adulta nos acostumamos a ficar sentados e perdemos isso. Mas quem vai negar como é gostoso nadar no mar, caminhar no parque, dançar à noite? E sim, tem quem ame muito ir pra academia, por que não? Além da endorfina que decretamos, o movimento (seja ele qual for), nos conecta com nosso corpo, vemos nossos limites e ganhamos admiração e respeito por essa máquina que habitamos.
Do mesmo jeito que devemos parar de associar estritamente comida com ganho ou perda de peso, que tal separar o exercício do objetivo estético. Ache um movimento que você ame, seja ele qual for e faça-o! Além do ganho de saúde, você vai ganhar uma hora do seu dia, que ao invés de uma punição para seu corpo, será uma demonstração de amor e respeito por si.