A dieta e busca do saudável

Comecei o #VcTemFomeDeQue justamente após muitas dietas e atitudes nem um pouco saudável para baixar meu próprio peso, eu decidi mudar o foco das minhas ações, e ao invés de pensar em perda de peso, pensar em ganho de saúde. Passei a conhecer melhor alimentos naturais, descobrir como de fato eles tem um gosto melhor, além de seu processo produtivo. Me apaixonei por comida de verdade!

No caminho conheci, dentro e fora do consultório, muita gente na mesma jornada. Pessoas que precisavam por motivos de saúde perder peso, mas o número na balança sempre era uma preocupação maior do que a saúde. Depois de meses trabalhando com essas pessoas, o outro extremo veio até mim. Pessoas, que não tinham nenhum problema em perder peso ou segui um plano alimentar feito por uma boa nutri, mas pessoas que não conseguiam parar de querer um número cada vez menor na balança, independente de já terem uma composição natural saudável. O que ambos os lados tem em comum? O número, a medida, e até o espelho eram muito mais importante do que a saúde — tanto física, quanto mental.

A obesidade hoje é uma epidemia, principalmente porque a maior oferta de comida que temos não é de alimentos, mas de produtos alimentícios. Assim, muitas pessoas, para alcançar uma saúde corporal precisam diminuir o consumo de produtos inventados nas últimas décadas, mas que já vemos como quotidianos. Isso é um fato. Ao mesmo tempo, temos pessoas que não saem de um ciclo de dietas porque buscam adequar seu corpo a uma imagem. Este outro extremo também é um terrível fato.

O que o #VcTemFomeDeQue? trabalha não é em colocar ou tirar a pessoa de uma dieta, mas entender porque reforços externos como o espelho, a balança e o número da calça são mais importantes do que como você se sente — física e mentalmente. Claro que ninguém deve a ninguém a não ser a si mesmo a escolha de buscar saúde — a vida não é uma competição de quem é mais saudável —, mas devemos a nós mesmos a busca do prazer de viver, afinal nossa felicidade é uma responsabilidade pessoal e intransferível. Para isso precisamos ir além. Tirar os números e moldes das discussões e ver as pessoas, a relação delas com seu corpo, com si mesma, com a comida, e com os outros. Ver um a um a resposta da pergunta (que para cada indivíduo será sempre diferente): você tem fome de quê?

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