A cada dia me assusto mais com a frase “Eu odeio meu corpo. E não pense que esta frase é anunciada poucas vezes por dias de atendimento. Existe um grande equivoco entre a busca por saúde e bem estar e a busca por um ideal de beleza que na verdade não existe.
Semana retrasada, estava em um Congresso e o Dr. Taki Cordás (Psiquiatra do AMBULIM-FM/SP) disse uma frase de impacto: “Se as mulheres procuram chegar a um corpo, que representa menos de 5% da população mundial feminina, então este padrão de estética simplesmente não existe!”
O padrão considerado ideal é o da mulher com formas bem definidas e magras, com cabelos lisos e preferencialmente com pele e cabelos claros. Estas características raramente ocorrem na natureza e o que observamos é uma insatisfação e um desejo de realizar alterações no corpo para atingi-lo a qualquer custo.
Quantas mulheres você conhece que sejam “naturalmente” assim? Uma?
Quantas mulheres você conhece que lutam para serem assim? Todas!
E os padrões de beleza femininos mudam com o passar dos séculos. No período Renascentista o padrão de beleza eram mulheres extremamente curvilíneas, pois era sinal de status a fartura de alimentos e consequentemente ser gordo, significava posse. Queremos e buscamos o que pertence a minoria, e com o passar dos séculos este padrão foi se invertendo: hoje temos um novo raro.
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Sim, somos bombardeados com estes padrões todos os dias. Mas aceitamos este padrão todos os dias. Elevamos o corpo ao status de perfeito, e tudo o que saí dessa perfeição é errado, feio, quase nojento.
Mas o que temos por trás deste corpo? Qual sua história? Quais suas marcas?
Quem é você fora deste corpo?
O que você pensa, sente e quer? E se todos os corpos fossem exatamente iguais e ninguém mais precisasse se preocupar com aparência, o que sobraria de você?
Um sorriso farto? Uma história engraçada?
Quem você quer ser fora deste corpo que te aprisiona?
Ame cada detalhe, adore cada imperfeição… elas são suas… são a história do seu corpo e como você chegou até aqui.
Pense nisso!